Para terminar o mês do Outubro Rosa, falaremos da manipulação correta e da importância do destino adequado aos insumos utilizados durante o procedimento de quimioterapia.
Como destacamos no blog anterior, um dos tratamentos instituídos durante o acompanhamento dos cânceres mamários é a quimioterapia.
Na medicina veterinária já é uma terapêutica consolidada há alguns anos, com resultados bem promissores e a cada dia evoluindo positivamente.
Como são realizadas as sessões de quimioterapia?
Geralmente, os protocolos quimioterápicos instituídos são avaliados e realizados após o minucioso acompanhamento do veterinário, tanto clinicamente quanto através dos exames hematológicos e de imagem, avaliando a evolução do paciente.
Após o protocolo determinado, algumas das drogas são oferecidas de forma domiciliar por via enteral, através do tutor. Outras, como requerem o acesso venoso ou a administração parenteral variada, são realizadas nas clínicas ou hospitais veterinários.
Tanto a administração domiciliar quanto ambulatorial devem ser realizadas com a utilização de luvas de procedimento e máscaras. É de extrema responsabilidade do veterinário orientar o tutor à manipulação das drogas, assim como o destino adequado dos excretores desse animal durante o tratamento.
Vale destacar que medicamentos antineoplásicos têm potencial carcinogênico, teratogênico e mutagênico, sendo assim, não devem ser manipulados por gestantes ou pessoas em tratamentos de diversas enfermidades.
É necessário orientar que as luvas devem ser utilizadas pelos tutores 48 horas após a administração dos antineoplásicos e não somente no ato, reforçando que outros animais da residência também devem manter distância durante esse mesmo período.
Destacamos que o medicamento antineoplásico reconstituído e diluído no ambulatório, deverá ser dentro de capelas de fluxo laminar, também denominada câmara de proteção biológica, evitando contaminação ambiental e do manipulador, assim como a utilização de luvas e máscaras como comentado acima, óculos de proteção e aventais.
Normalmente, os materiais utilizados durante o procedimento, como seringas, agulhas, equipos, extensores, PRN, gaze, cateteres, scalp, soluções de fluidoterapia, máscaras, luvas, aventais, sondas e, sem dúvida, os frascos que continham as drogas, devem ser descartados em recipientes apropriados.
Os materiais que tiveram contato direto com as drogas devem ser descartados em Caixas Coletoras para Resíduos Tóxicos, enquanto os itens perfurocortantes, como agulhas ou lâminas, devem ser descartados em caixas específicas para esse fim.
Aventais, luvas e máscaras poderão ser destinados ao lixo hospitalar em sacos cor laranja, todos recolhidos por empresas especializadas nos processos de gerenciamento desses tipos de resíduos, evitando riscos químicos e biológicos.
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