Antibioticoterapia: Conhecendo sua história.

            Como comentamos anteriormente nossos blogs trarão informações medicamentosas, e hoje daremos ênfase aos antibióticos de uma forma geral, nos próximos detalharemos as informações segundo suas classificações.

            Os antibióticos são substâncias naturais, produzidos por outros organismos, ou sintéticas.

            A história da antibioticoterapia é antiga e com efeito revolucionário. Sua descoberta deu-se em meados da Primeira Guerra Mundial, quando o médico escocês Alexander Fleming em 1928, idealizou uma forma de amenizar a evolução do sofrimento dos soldados. 

            A principal bactéria causadora dos abscessos nesse período era a Staphylococcus aureus. 

            O mais interessante de todo esse período de descoberta dos antibióticos, foi o aparecimento do fungo na região da cultura do material das feridas, pois através da formação desse mofo pelo fungo Penicillium, o desenvolvimento bacteriano foi inibido. 

            Desta forma o primeiro antibiótico estava sendo descoberto, e dando continuidade às pesquisas em 1938, os pesquisadores ingleses Ernst B. Chain e Howard W. Florey, desenvolveram a conhecida penicilina. 

            Com início da Segunda Guerra Mundial ocorreu a necessidade de altas produções da penicilina, sendo que em 1940, o primeiro paciente a utilizá-la foi um policial. 

            O merecido Prêmio Nobel de Medicina foi concedido aos 3 pesquisadores citados, pois os resultados iniciais com a utilização da penicilina foram muito promissores, dando oportunidade a novas pesquisas e desenvolvimento de inúmeros princípios, permitindo o controle bacteriano com maior efetividade.

Como os antibióticos são classificados???

Os antibióticos classificam-se em dois grupos:

•       Bacteriostáticos responsáveis pela inibição do crescimento bacteriano.
•       Bactericidas, como o próprio nome diz, responsáveis por causar a morte da bactéria.

Vários são os mecanismos de ação dos antibióticos:

•       Antibióticos que agem na parede celular e na membrana celular.

São eles: 

- ß-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos inibidores de ß lactamase e monobactâmicos).

- Peptídeos (glicopeptídeos, peptídeos não ribossomais, lipopeptídeos)

            Glicopeptídeos (vancomicina, teicoplanina)

            Peptídeos não-ribossomais (bacitracinas, gramicidina e polimixina B). 

            Lipopeptídeos (daptomicina) 

•       Antibióticos que agem na inibição da síntese proteica.

São eles:

      - Tetraciclinas

      - Aminoglicosídeos

      - Cloranfenicol

      - Macrolídeos

      - Licosamidas

      - Oxazolidinonas

•       Antibióticos inibidores da síntese do ácido nucleico.

São eles:

      - Quinolonas

      - Rifampicina

•       Antibióticos inibidores dos processos metabólicos.

São eles:

      - Sulfonamidas

            Infelizmente o uso indiscriminado dos antimicrobianos foi o responsável pela propagação de microrganismos multirresistentes, exigindo desta forma o desenvolvimento de novas drogas capazes de controlar o avanço bacteriano. 

            Importante ressaltar que nem sempre os antibióticos são utilizados isoladamente, dependendo do processo infeccioso, da clínica geral do paciente e da resistência bacteriana, podem ser administrados em combinações complementando ou potencializando o efeito um do outro.

            Atualmente a exigência dos receituários durante a aquisição de antibióticos proporcionou um melhor controle na compra indiscriminada e consequentemente permitindo uma menor proliferação de microrganismos. 

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