Diabetes mellitus em pequenos animais: quais são os cuidados?
Os assuntos relacionados à diabetes mellitus, endocrinologia, ou enfermidades hormonais em cães e gatos ainda são assuntos constantemente discutidos e com extensa evolução na sua complexa fisiopatologia.
Vamos explorar um pouco mais sobre uma das enfermidades mais comuns entre as patologias endócrinas.
O que é diabetes mellitus?
Em humanos é muito comum a rotina do acompanhamento de um médico endocrinologista a portadores de enfermidades hormonais. Na veterinária não estamos em um cenário muito diferente. Cães e gatos também desenvolvem alterações hormonais isoladas ou associadas a outras doenças.
Resumidamente, o diabetes mellitus é uma enfermidade de caráter multifatorial, decorrente da insuficiência ou da deficiência secretória de insulina através das Ilhotas pancreáticas.
A grande maioria das células do organismo é dependente de insulina para captação de glicose, com exceção do fígado e do neurônio, no qual a glicose é absorvida por difusão.
Os tipos de diabetes Mellitus
Tipo 1 – diabetes mellitus insulino-dependente
É a forma mais comum em cães, com produção diminuída ou inexistente de insulina, sendo necessária a administração exógena. Os fatores que podem levar a esse tipo são a pancreatite, outras enfermidades endócrinas como hiperadrenocorticismo, aumento do hormônio do crescimento.
Sabe-se que a acromegalia, hiperadrenocorticismo, uso crônico de medicamentos como esteroides e período gestacional (ação do estrógeno e progesterona reduzindo a sensibilidade dos órgãos alvo da insulina), podem causar um terceiro tipo de diabetes, que é a secundária.
Tipo 2 – diabetes mellitus não insulino-dependente
Pode ocorrer em cães também, porém 20% dos felinos apresentam esse tipo de diabetes. A dependência da administração de insulina torna-se variável. Ocorre resistência insulínica aos receptores, ou seja, a secreção de insulina é insuficiente para superar a resistência à insulina nos tecidos, e ou aumento da produção glicêmica via hepática. As causas estarão geralmente relacionadas à obesidade.
Quais os sinais clínicos para diabetes mellitus?
Vários são os sinais apresentados, porém por ser uma enfermidade progressiva, os sinais serão observados com a evolução da doença:
Perda de peso;
Alterações oftálmicas como catarata, ou até mesmo cegueira.
Esses sinais clínicos na grande maioria das vezes passam despercebidos ao tutor, e a partir daí as complicações podem levar os proprietários a procura de um médico veterinário como:
Taquipneia (por cetoacidose metabólica);
Oligúria (insuficiência renal);
Trombar nos objetos devido à cegueira;
Sinais de cistite;
Neuropatia;
Diarreia;
Emese;
Aumento de volume abdominal (hepatomegalia)
A predisposição racial está envolvida com o desenvolvimento da diabetes. Beagle, Schnauzer, Poodle, Dachshund, são raças mais comumente acometidas. A faixa etária seria entre 4 e 14 anos, sendo que dos 7 aos 9 anos é a idade de maiores incidências. E quanto ao sexo, as fêmeas são 2x mais acometidas do que os machos.
Como estabelecer o diagnóstico?
Sem dúvidas, a procura de um médico veterinário é primordial, pois somente esse profissional poderá chegar ao diagnóstico definitivo e instituir a terapêutica correta.
O diagnóstico será baseado e definitivo através:
Achados sinais clínicos;
Avaliação hematológica (hemograma e bioquímicos);
Avaliação glicêmica em jejum;
Urinálise com presença de glicosúria, corpos cetônicos em complicações avançadas e densidade < 1,020;
Dosagem insulínica;
Frutosamina (em felinos);
E outros exames hormonais, verificando a possibilidade de outras enfermidades endócrinas estarem sendo a causa da hiperglicemia.
A cetonúria ocorre em situações de cetoacidose avançada, e assim como no caso de bactérias encontradas na urinálise, exigirão cultura bacteriana. Quanto aos felinos, a dosagem de frutosamina faz-se necessário, pois a concentração de frutosamina tem sido utilizada para a diferenciação entre a hiperglicemia persistente e transitória induzida pelo estresse, sendo considerado o teste padrão ouro para o controle da glicemia em gatos diabéticos.
Como realizar o tratamento do animal portador de diabetes mellitus
Novamente destacamos que as terapias dependerão de cada paciente. Como já dissemos anteriormente, se temos três tipos de diabetes Mellitus, o tratamento será instituído conforme o tipo apresentado e a situação clínica de cada paciente, assim como às comorbidades associadas que o animal poderá apresentar.
Mas no geral o tratamento consiste em:
Estabelecer a dosagem insulínica (insulinoterapia) desde que seja diagnosticado a necessidade das administrações. Lembrando que a partir do protocolo estabelecido, as variações glicêmicas deverão ser observadas constantemente, sendo a hipoglicemia um fator importante, podendo levar o animal ao coma e até mesmo óbito;
Fluidoterapia: além dos quadros de desidratação que o animal poderá apresentar, caso ele evolua para cetoacidose, a correção eletrolítica é primordial à sobrevivência do animal;
Medicamentos por via oral, comum na Diabetes Tipo 2;
Terapia alimentar: o ideal é o animal ser acompanhado por um endocrinologista e um nutricionista, pois a alimentação independente da terapia instituída deverá controlar o peso, minimizar as flutuações pós-prandiais, auxiliando no controle glicêmico.
Desta forma concluímos que uma vez o paciente diagnosticado com diabetes mellitus independente do tipo, o acompanhamento veterinário será essencial à qualidade de vida do animal.
Aqui na Distribuidora VetShop você terá um portfólio completo de medicamentos, insumos hospitalares, controlados, quimioterápicos e muito mais.
É só clicar e realizar suas compras.
GOSTOU DAS INFORMAÇÕES?
QUER SABER MAIS SOBRE OUTROS ASSUNTOS?
ACESSE AGORA MESMO NOSSO SITE WWW.DISTRIBUIDORAVETSHOP.COM.BR
REALIZE SUA COMPRA TOTALMENTE ON-LINE.
ACESSE NOSSA PÁGINA NAS REDES SOCIAIS
Preencha nossa newsletter e receba mais informações.
Deixe uma resposta Cancelar resposta