Leishmaniose canina: quais são os desafios no diagnóstico dessa doença?
A leishmaniose canina é uma doença de impacto na saúde pública e notificação obrigatória, pois é zoonose. Por isso, podemos considerar que essa doença continua sendo um dos assuntos mais desafiadores quando pensamos em diagnóstico definitivo.
Nesse conteúdo, a Vetshop separou para você alguns dos principais pontos que você precisa saber sobre a leishmaniose, desde a sua transmissão até os desafios do seu diagnóstico. Confira!
O que é leishmaniose canina?
A leishmaniose canina, por ser uma zoonose, foi por muito tempo uma enfermidade que trazia discussões, dúvidas em relação à conduta clínica, e inclusive a eutanásia era o destino mais indicado.
Com o aperfeiçoamento das técnicas diagnósticas, com o esclarecimento e melhora da informação, qualificação dos médicos veterinários, empenho do Conselho Federal e Regional de Medicina Veterinária no âmbito do reconhecimento do médico veterinário como agente promotor de saúde.
Assim, o assunto Leishmaniose ganhou dados mais concretos e precisos em relação ao diagnóstico e tratamento, porém ainda sendo de difícil diagnóstico em alguns casos.
Antes de começarmos a discorrer sobre o assunto, vale ressaltar que quando citamos o termo tratamento, não significa “cura”, pois sabemos que a Leishmaniose é uma enfermidade que não tem cura, porém controle, mas irá depender do paciente, das comorbidades associadas, da evolução da doença e da resposta biológica do paciente.
Quais as características da leishmaniose?
A leishmaniose canina é uma enfermidade parasitária causada por protozoário, no qual o mosquito é o vetor. De forma resumida, temos a Leishmaniose Tegumentar e a Visceral.
Os vetores são as fêmeas infectadas do mosquito (flebotomíneos) Lutzomyia spp, que através da picada transmitirão o parasito ao hospedeiro vertebrado (animais selvagens, homem, canídeos domésticos).
Dessa forma, para ocorrer a transmissão é necessário a presença do vetor, nunca ocorrendo de vertebrado para vertebrado.
Como é o ciclo de vida do mosquito transmissor da leishmaniose canina?
Os vetores possuem hábitos noturnos, não se desenvolvem em água parada como muitos outros mosquitos, mas sim em detritos orgânicos em decomposição, com baixa luminosidade.
Durante o dia ficam escondidos em locais mais escuros, troncos, fendas de árvores, estábulos, canis, frestas.
Quais são os sinais clínicos apresentados pelo animal?
Os sinais clínicos mais comuns que poderão sinalizar a suspeita da leishmaniose (visceral / tegumentar) são:
Descamações cutâneas;
Feridas cutâneas de difícil cicatrização;
Feridas em pontas de orelhas e focinhos;
Lacrimejamento e hiperemia conjuntival;
Secreção ocular mucopurulenta, associada à blefarite;
Uveíte uni ou bilateral;
Caquexia;
Onicogrifose;
Alopecia;
Hiporexia;
Palidez de mucosas (que também pode ser decorrente das alterações renais causadas pelo parasita);
Aumento de volume abdominal (hepato / esplenomegalia);
Linfadenopatia;
Emese / Diarreia;
Sangramento nasal;
Além disso, não podemos deixar de citar os assintomáticos, perfazendo um total de 60% dos pacientes.
Como deve ser realizado o diagnóstico da leishmaniose canina?
Iniciamos nosso assunto dizendo que o diagnóstico da Leishmaniose é complexo, e realmente podemos afirmar, pois vários métodos poderão resultar negativo, exigindo a procura por meio de outras metodologias, como:
Teste rápido, que mesmo resultando negativo, não significa que o animal não seja portador;
Testes sorológicos: RIFI e ELISA;
Parasitológico, ainda considerado padrão ouro dos exames diagnósticos;
Imprint da lesão;
Biopsia das lesões para exame histopatológico;
Cultura do material biopsiado;
Molecular, Reação em Cadeia Polimerase (PCR) permitindo diferenciar as espécies de Leishmania;
Punção Aspirativa de linfonodos, áreas com lesão, baço e medula óssea.
Qual o tratamento contra a leishmaniose? Você encontra na Vetshop?
Como já dito anteriormente, o tratamento da Leishmaniose até o presente momento não é eficaz à cura, pois o animal continua sendo portador (reservatório) do parasito. Sendo assim as terapêuticas instituídas buscam o controle da replicação parasitária e melhora dos sinais clínicos.
Porém, vale ressaltar que a partir do diagnóstico definitivo a notificação é compulsória, pois se trata de uma zoonose, desta forma o médico veterinário é o responsável pela notificação, esclarecendo ao tutor os riscos à saúde pública, devendo assinar um termo de responsabilidade.
Como é feita a prevenção contra a leishmaniose canina?
As medidas mais utilizadas para prevenção baseiam-se no combate ao vetor e na possível eutanásia dos portadores, porém sabemos que o controle não se baseia apenas nesses dois itens, lembrando dos assintomáticos.
A leishmaniose é um tema multidisciplinar, ou seja, a prevenção só será eficaz se o envolvimento ao combate incluir os órgãos públicos e o médico veterinário, ambos atuando na educação e conscientização da população. Além disso, possível prevenir através da:
Utilização de coleiras e sprays repelentes;
Recolhimento dos lixos, mantendo quintais limpos, impedindo a proliferação do mosquito;
Vacinação dos animais;
Realizar podas das árvores;
Controle de animais errantes, principalmente em áreas endêmicas.
Enfim como percebemos a conscientização é a melhor forma de prevenção e controle do vetor, por isso o papel do médico veterinário é primordial quando o assunto é saúde pública.
Aqui na Distribuidora VetShop você terá um portfólio completo de medicamentos, insumos hospitalares e controlados e muito mais.
É só clicar e realizar suas compras.
GOSTOU DAS INFORMAÇÕES?
QUER SABER MAIS SOBRE OUTROS ASSUNTOS?
ACESSE NOSSA PÁGINA NAS REDES SOCIAIS
ACESSE AGORA MESMO NOSSO SITE WWW.DISTRIBUIDORAVETSHOP.COM.BR
REALIZANDO SUA COMPRA TOTALMENTE ON-LINE.
Preencha nossa newsletter e receba mais informações
Deixe uma resposta Cancelar resposta